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1De manhã bem cedo, os principais sacerdotes, os líderes do povo e os mestres da lei — todo o alto conselho — se reuniram para discutir o que fariam em seguida. Então amarraram Jesus, o levaram e o entregaram a Pilatos.[#15.1 Em grego, o Sinédrio ; também em 15.43.]
2Pilatos lhe perguntou: “Você é o rei dos judeus?”.
Jesus respondeu: “É como você diz”.
3Os principais sacerdotes o acusaram de vários crimes,
4e Pilatos perguntou: “Você não vai responder? O que diz de todas essas acusações?”.
5Mas, para surpresa de Pilatos, Jesus não disse coisa alguma.
6A cada ano, durante a festa da Páscoa, era costume libertar um prisioneiro, qualquer um que a multidão escolhesse.
7Um dos prisioneiros era Barrabás, um revolucionário que havia cometido assassinato durante uma revolta.
8A multidão foi a Pilatos e pediu que ele libertasse um prisioneiro, como de costume.
9Pilatos perguntou: “Querem que eu solte o ‘rei dos judeus’?”.
10(Pois havia percebido que os principais sacerdotes tinham prendido Jesus por inveja.)
11Nesse momento, os principais sacerdotes instigaram a multidão a pedir a libertação de Barrabás em vez de Jesus.
12Pilatos lhes perguntou: “Então o que farei com este homem que vocês chamam de ‘rei dos judeus’?”.
13“Crucifique-o!”, gritou a multidão.
14“Por quê?”, quis saber Pilatos. “Que crime ele cometeu?”
Mas a multidão gritou ainda mais alto: “Crucifique-o!”.
15Para acalmar a multidão, Pilatos lhes soltou Barrabás. Então, depois de mandar açoitar Jesus, entregou-o aos soldados romanos para que fosse crucificado.
16Os soldados levaram Jesus para o palácio do governador (lugar conhecido como Pretório) e chamaram todo o regimento.
17Vestiram Jesus com um manto vermelho, teceram uma coroa de espinhos e a colocaram em sua cabeça.
18Então o saudavam, zombando: “Salve, rei dos judeus!”.
19Batiam em sua cabeça com uma vara, cuspiam nele e ajoelhavam-se, fingindo adorá-lo.
20Quando se cansaram de zombar dele, tiraram o manto vermelho e o vestiram com suas roupas. Então o levaram para ser crucificado.
21Um homem chamado Simão, de Cirene, passava ali naquele momento, vindo do campo. Os soldados o obrigaram a carregar a cruz. (Simão era pai de Alexandre e Rufo.)[#15.21 Cirene era uma cidade no norte da África.]
22Levaram Jesus a um lugar chamado Gólgota (que quer dizer “Lugar da Caveira”).
23Ofereceram-lhe vinho misturado com mirra, mas ele recusou.
24Então os soldados o pregaram na cruz. Depois, dividiram as roupas dele e tiraram sortes para decidir quem ficava com cada peça.
25Eram nove horas da manhã quando o crucificaram.
26Uma tabuleta anunciava a acusação feita contra ele: “O Rei dos Judeus”.
27Dois criminosos foram crucificados com ele, um à sua direita e outro à sua esquerda.
28Assim, cumpriram-se as Escrituras que diziam: “Ele foi contado entre os rebeldes”.[#15.28 Ver Is 53.12. Alguns manuscritos não trazem o versículo 28. Comparar com Lc 22.37.]
29O povo que passava por ali gritava insultos e sacudia a cabeça em zombaria. “Olhe só!”, gritavam. “Você disse que destruiria o templo e o reconstruiria em três dias.
30Pois bem, salve a si mesmo e desça da cruz!”
31Os principais sacerdotes e os mestres da lei também zombavam de Jesus. “Salvou os outros, mas não pode salvar a si mesmo!”, diziam.
32“Que esse Cristo, o rei de Israel, desça da cruz agora mesmo para que vejamos e creiamos nele!” Até os homens crucificados com Jesus o insultavam.
33Ao meio-dia, desceu sobre toda a terra uma escuridão que durou três horas.
34Por volta das três da tarde, Jesus clamou em alta voz: “Eloí, Eloí, lamá sabactâni? ”, que quer dizer: “Meu Deus, meu Deus, por que me abandonaste?”.[#15.34 Sl 22.1.]
35Alguns dos que estavam ali, ouvindo isso, disseram: “Ele está chamando Elias”.
36Um deles correu, ensopou uma esponja com vinagre e a ergueu num caniço para que ele bebesse. “Esperem!”, disse ele. “Vamos ver se Elias vem tirá-lo daí.”
37Então Jesus clamou em alta voz e deu o último suspiro.
38A cortina do santuário do templo se rasgou em duas partes, de cima até embaixo.
39Quando o oficial romano que estava diante dele viu como ele havia morrido, exclamou: “Este homem era verdadeiramente o Filho de Deus!”.[#15.39a Em grego, centurião ; também em 15.44,45.; #15.39b Alguns manuscritos acrescentam ouviu o grito e .]
40Algumas mulheres observavam de longe. Entre elas estavam Maria Madalena, Maria, mãe de Tiago, o mais jovem, e de José, e Salomé.[#15.40 Em grego, Joses ; também em 15.47. Ver Mt 27.56.]
41Eram seguidoras de Jesus e o haviam servido na Galileia. Também estavam ali muitas mulheres que foram com ele a Jerusalém.
42Tudo isso aconteceu na sexta-feira, o dia da preparação, antes do sábado. Ao entardecer,
43José de Arimateia foi corajosamente a Pilatos e pediu o corpo de Jesus. (José era um membro respeitado do conselho dos líderes do povo e esperava a chegada do reino de Deus.)
44Surpreso com o fato de Jesus já estar morto, Pilatos chamou o oficial romano e perguntou se fazia muito tempo que ele havia morrido.
45O oficial confirmou que Jesus estava morto, e Pilatos disse a José que podia levar o corpo.
46José comprou um lençol de linho, desceu o corpo de Jesus da cruz, envolveu-o no lençol e colocou-o num túmulo escavado na rocha. Então rolou uma grande pedra na entrada do túmulo.
47Maria Madalena e Maria, mãe de José, viram onde o corpo de Jesus tinha sido sepultado.