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1Então, respondeu Zofar, naamatita:
2Os meus pensamentos forçam-me a responder,
sinto-me agitado no meu íntimo.
3Ouvi repreensões que me envergonham,[#Jó 19.3]
mas, no meu entendimento, responde-me o meu espírito.
4Não sabes isto desde tempos remotos,[#Jó 8.8]
desde que o homem foi posto sobre a terra,
5que é breve o triunfo dos iníquos,[#Jó 8.12-13; Sl 37.35-36]
e que é de um momento a alegria do ímpio?
6Ainda que a sua exaltação se remonte aos céus,[#Is 14.13-14; Ob 3-4]
e a sua cabeça chegue até as nuvens,
7contudo, perecerá para sempre como o seu esterco.[#Jó 4.20; 14.20]
Os que o viam perguntarão: Onde está?
8Voará como um sonho e não será achado;[#Sl 73.20; 90.5]
será afugentado como uma visão noturna.
9Os olhos que me viram não me verão mais;[#Jó 7.8; 8.18]
nem o seu lugar o contemplará mais.
10Seus filhos procurarão o favor dos pobres,[#Jó 5.4; 27.14]
e as suas mãos restituirão os bens que roubou.
11Os seus ossos são cheios de mocidade.[#Jó 21.23-24]
Esta, porém, se deitará com ele no pó.
12Embora a maldade lhe seja doce na boca,[#Jó 15.16]
embora ele a esconda debaixo da sua língua;
13embora a poupe e não a queira largar,
mas a guarde ainda dentro da sua boca,
14contudo, nas suas entranhas, a comida é transformada;
Dentro dele se torna em fel de áspides.
15Engoliu riquezas e vomitá-las-á;[#Jó 20.10, ref., 20.20-21]
do ventre dele, as lançará Deus.
16Chupará o veneno dos áspides,[#Dt 32.24,33]
a língua da víbora o matará.
17Não olhará para os rios,[#Jó 29.6; Dt 32.13-14]
ribeiros e torrentes de mel e de manteiga.
18O que adquiriu, isso restituirá e não o engolirá;[#Jó 20.10,15]
não terá gozo proporcional à fazenda que ajuntou.
19Pois oprimiu e desamparou os pobres,[#Jó 24.2-4; 35.9]
a casa de que se apoderou por violência não prosperará.
20Por não haver limites na sua cobiça,
nada salvará daquilo em que se deleita.
21Nada escapou à sua voracidade.
Portanto, a sua prosperidade não perdurará.
22Na plenitude da sua abundância, ver-se-á apertado;[#Jó 15.21]
virá sobre ele a mão de todo o que está na miséria.
23Estando ele para encher a sua barriga,[#Jó 20.13-14, ref.]
Deus enviará sobre ele o furor da sua ira,
que fará cair sobre ele quando estiver comendo.
24Se fugir da arma de ferro,
o arco de cobre o traspassará.
25Ele tira do seu corpo a flecha,
que vem resplandecendo do seu fel;
terrores se apoderam dele.
26Todas as trevas são reservadas para os seus tesouros.[#Jó 18.18]
Devorá-lo-á um fogo não assoprado por homem,
que consumirá o que for deixado na sua tenda.
27Os céus revelarão a sua iniquidade,[#Dt 31.28]
e a terra se levantará contra ele.
28As rendas da sua casa ir-se-ão,[#Dt 28.31]
e os seus bens se desfarão no dia da ira de Deus.
29Esta é a porção que Deus dará ao iníquo[#Jó 27.13; 31.2-3]
e a herança que por Deus lhe é decretada.