Lucas 18

A parábola do juiz iníquo

1Propôs-lhes Jesus uma parábola para mostrar que deviam orar sempre e nunca desanimar, dizendo:[#cp. Lc 11.5-10; #2Co 4.1]

2Havia, em certa cidade, um juiz que não temia a Deus, nem respeitava os homens.[#Lc 18.4; cp. Lc 20.13; Hb 12.9]

3Havia também, naquela mesma cidade, uma viúva que vinha constantemente ter com ele, dizendo: Defende-me do meu adversário.

4Ele, por algum tempo, não a queria atender; mas, depois, disse consigo: Se bem que eu não tema a Deus, nem respeite os homens;

5todavia, como esta viúva me incomoda, julgarei a sua causa, para que ela não continue a molestar-me com as suas visitas.[#cp. Lc 11.8; #1Co 9.27 (Gr.)]

6Ouvi, acrescentou o Senhor, o que disse esse juiz injusto.[#Lc 7.13]

7Não fará Deus justiça aos seus escolhidos, que a ele clamam dia e noite, embora seja demorado em defendê-los?[#Ap 6.10; #Mt 24.22; Rm 8.33; Cl 3.12; 2Tm 2.10; Tt 1.1; #2Pe 3.9]

8Digo-vos que, bem depressa, lhes fará justiça. Contudo, quando vier o Filho do Homem, achará, porventura, fé na terra?[#cp. Lc 17.26ss.]

A parábola do fariseu e do publicano

9Propôs também a seguinte parábola a alguns que confiavam na sua própria justiça e desprezavam aos outros:[#cp. Lc 16.15; #cp. Rm 14.3,10]

10Subiram dois homens ao templo para orar: um fariseu, e outro publicano.[#At 3.1; 2Rs 20.5,8; cp. 1Rs 10.5]

11O fariseu, posto em pé, orava dentro de si desta forma: Ó Deus, graças te dou que não sou como os demais homens, que são ladrões, injustos, adúlteros, nem ainda como este publicano;[#Mt 6.5; Mc 11.25; cp. Lc 22.41]

12jejuo duas vezes por semana e dou o dízimo de tudo quanto ganho.[#Mt 9.14; #Lc 11.42]

13O publicano, porém, estando a alguma distância, não ousava nem ainda levantar os olhos ao céu, mas batia no peito, dizendo: Ó Deus, sê propício a mim pecador.[#Ed 9.6; #Lc 23.48]

14Digo-vos que este desceu justificado para sua casa, e não aquele; porque todo o que se exalta será humilhado; mas o que se humilha será exaltado.[#Lc 14.11; Mt 23.12]

Jesus abençoa as crianças

15Traziam-lhe também as crianças, para que as tocasse; e os discípulos, vendo isso, repreendiam aos que as traziam.[#Lc 18.15-17; Mt 19.13-15; Mc 10.13-16]

16Mas Jesus, chamando-as para junto de si, disse: Deixai vir a mim os meninos, e não os impeçais; pois dos tais é o reino de Deus.

17Em verdade vos digo: aquele que não receber o reino de Deus como um menino de maneira alguma entrará nele.[#Mt 18.3; 19.14; Mc 10.15; cp. 1Co 14.20; 1Pe 2.2]

O perigo das riquezas

18Um homem de posição perguntou-lhe: Bom Mestre, que devo eu fazer para herdar a vida eterna?[#Lc 18.18-30; Mt 19.16-29; Mc 10.17-30; cp. Lc 10.25-28]

19Respondeu-lhe Jesus: Por que me chamas bom? ninguém é bom, senão só um, que é Deus.

20Sabes os mandamentos: Não adulterarás, não matarás, não furtarás, nãos dirás falso testemunho, honra a teu pai e a tua mãe.[#Êx 20.12-16; Dt 5.16-20]

21Replicou ele: Todas essas coisas tenho guardado desde a minha mocidade.

22Jesus, ouvindo isso, disse-lhe: Ainda uma coisa te falta: vende tudo o que tens, e reparte-o pelos pobres, e terás um tesouro nos céus; e vem seguir-me.[#Lc 12.33; Mt 19.21; Mt 6.20]

23Quando ouviu essas palavras, ficou cheio de tristeza porque era muito rico.

24Jesus, olhando-o, disse: Quão dificilmente entrarão no reino de Deus os que têm riquezas![#Mt 19.23; Mc 10.23s.]

25Pois mais fácil é passar um camelo pelo fundo de uma agulha do que entrar um rico no reino de Deus.[#Mt 19.24; Mc 10.25]

26Disseram os ouvintes: Quem, então, pode ser salvo?

27Respondeu Jesus: O que é impossível aos homens é possível a Deus.[#Mt 19.26]

28Disse Pedro: Nós deixamos as nossas casas e te seguimos.[#cp. Lc 5.11]

29Respondeu-lhes Jesus: Em verdade vos digo: Ninguém há que tenha deixado casa, ou mulher, ou irmãos, ou pais, ou filhos, por amor do reino de Deus,[#Mt 19.29; Mc 10.29s.; cp. Mt 6.33]

30que não receba, no presente, muito mais e, no mundo vindouro, a vida eterna.[#Mt 12.32]

Jesus anuncia a sua morte e ressurreição

31Tomando à parte os doze, disse-lhes: Eis que subimos a Jerusalém, e tudo quanto os profetas escreveram a respeito do Filho do Homem, se cumprirá;[#Lc 18.31-33; Mt 20.17-19; Mc 10.32-34; #Lc 9.51; #Sl 22; Is 53, etc.]

32pois será entregue aos gentios, escarnecido, ultrajado e cuspido;[#Mt 16.21]

33e, depois de o açoitarem, tirar-lhe-ão a vida, e, ao terceiro dia, ressurgirá.

34Eles, porém, nada disso entenderam; e o sentido dessas palavras era-lhes oculto, e não percebiam o que ele dizia.[#Mc 9.32; Lc 9.45]

A cura do cego de Jericó

35Ao aproximar-se ele de Jericó, um cego estava sentado à beira do caminho, mendigando.[#Lc 18.35-43; Mt 20.29-34; Mc 10.46-52; #cp. Mt 20.29; Mc 10.46; Lc 19.1]

36Ouvindo passar a multidão, perguntava ele o que era aquilo.

37Responderam-lhe: É Jesus, o Nazareno, que vai passando.

38Então, clamou: Jesus, Filho de Davi, tem compaixão de mim![#Lc 18.39; Mt 9.27]

39Os que iam adiante mandavam que se calasse, mas ele clamava ainda mais: Filho de Davi, tem compaixão de mim![#Lc 18.38]

40Parando Jesus, mandou que lho trouxessem. Tendo ele chegado, perguntou-lhe:

41Que queres que eu te faça? Respondeu ele: Senhor, que eu tenha vista.

42Disse-lhe Jesus: Vê; a tua fé te curou.[#Mt 9.22]

43Imediatamente, viu e seguiu a Jesus, glorificando a Deus. Todo o povo, vendo isso, deu louvor a Deus.[#Mt 9.8; #Lc 13.17; cp. Lc 9.43; 19.37]

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