Mateus 8

A cura dum leproso

1Quando Jesus desceu do monte, acompanharam-no grandes multidões.

2Aproximando-se um leproso, adorava-o, dizendo: Senhor, se quiseres, bem podes tornar-me limpo.[#Mt 8.2-4; Mc 1.40-44; Lc 5.12-14; #Mt 9.18; 15.25; 18.26; 20.20; Jo 9.38; At 10.25]

3Jesus, estendendo a mão, tocou-o, dizendo: Quero; fica limpo. No mesmo instante, ficou limpa a sua lepra.

4Disse-lhe Jesus: Olha, não o digas a alguém, mas vai mostrar-te ao sacerdote e fazer a oferta que Moisés ordenou, para lhes servir de testemunho.[#Mt 9.30; 12.16; 17.9; Mc 1.44; 3.12; 5.43; 7.36; 8.30; 9.9; Lc 4.41; 8.56; 9.21; #Mc 1.44; Lc 5.14; 17.14; Lv 13.49; 14.2ss.]

A cura do criado dum centurião

5Tendo Jesus entrado em Cafarnaum, chegou-se a ele um centurião e rogou-lhe:[#Mt 8.5-13; Lc 7.1-10]

6Senhor, o meu criado jaz em casa paralítico, padecendo horrivelmente.[#vd. Mt 4.24]

7Disse-lhe ele: Eu irei curá-lo.

8Mas o centurião respondeu: Senhor, não sou digno de que entres em minha casa; porém dize somente uma palavra, e o meu criado há de sarar.

9Pois também eu sou homem sujeito à autoridade, e tenho soldados às minhas ordens, e digo a um: Vai ali, e ele vai; a outro: Vem cá, e ele vem; e ao meu servo: Faze isto, e ele o faz.

10Jesus, ouvindo isso, admirou-se e disse aos que o acompanhavam: Em verdade vos afirmo que nem mesmo em Israel achei tamanha fé.

11Digo-vos que muitos virão do Oriente e do Ocidente e hão de sentar-se com Abraão, Isaque e Jacó no reino dos céus;[#Lc 13.29; cp. Is 49.12; 59.19; Ml 1.11]

12mas os filhos do reino serão lançados nas trevas exteriores; ali haverá o choro e o ranger de dentes.[#cp. Mt 13.38; #Mt 22.13; 25.30; #Mt 13.42,50; 22.13; 24.51; 25.30; Lc 13.28]

13Disse Jesus ao centurião: Vai-te, e, como creste, assim te seja feito. Naquela mesma hora, sarou o criado.[#Mt 9.29; vd. 9.22]

A cura da sogra de Pedro. Muitos curados

14Tendo entrado Jesus na casa de Pedro, viu que a sogra deste estava de cama e com febre;[#Mt 8.14-16; Mc 1.29-34; Lc 4.38-41]

15e, tocando-lhe a mão, a febre a deixou. Ela se levantou e o servia.

16À tarde, trouxeram-lhe muitos endemoninhados; ele, com a sua palavra, expeliu os espíritos e curou todos os doentes;[#vd. Mt 4.23-24; 8.33]

17para se cumprir o que foi dito pelo profeta Isaías: Ele mesmo tomou as nossas enfermidades e carregou com as nossas doenças.[#Is 53.4]

Jesus põe à prova uns que iam segui-lo

18Vendo Jesus uma multidão ao redor de si, mandou passar para a outra margem do lago.[#Mc 4.35; Lc 8.22]

19Chegou um escriba e disse-lhe: Mestre, seguir-te-ei para onde quer que fores.[#Mt 8.19-22; Lc 9.57-60]

20Respondeu-lhe Jesus: As raposas têm covis, e as aves do céu, pousos; mas o Filho do Homem não tem onde reclinar a cabeça.[#Mt 9.6; 12.8,32,40; 13.41; 16.13,27s.; 17.9; 10.28; 26.64; Mc 8.38; Lc 12.8; 18.8; 21.36; Jo 1.51; 3.13s.; 6.27; 12.34; At 7.56; cp. Dn 7.13]

21Um outro discípulo disse-lhe: Senhor, deixa-me ir primeiro enterrar meu pai.

22Porém Jesus respondeu-lhe: Segue-me e deixa que os mortos enterrem os seus mortos.[#Mt 9.9; Mc 2.14; Lc 9.59; Jo 1.43; 21.19]

Jesus acalma uma tempestade

23Entrando ele na barca, seus discípulos acompanharam-no.[#Mt 8.23-27; Mc 4.36-41; Lc 8.22-25]

24Eis que se levantou no mar tão grande tempestade, que as ondas cobriam a barca; mas Jesus dormia.

25Os discípulos, aproximando-se, acordaram-no, dizendo: Salva-nos, Senhor, que perecemos.

26Ele lhes disse: Por que temeis, homens de pouca fé? Então, erguendo-se, repreendeu os ventos e o mar; e fez-se grande bonança.[#Mt 6.30; 14.31; 16.8]

27Todos se maravilharam, dizendo: Que homem é este que até os ventos e o mar lhe obedecem?

A cura de dois endemoninhados gadarenos

28Tendo ele chegado à outra banda, à terra dos gadarenos, dois endemoninhados, em extremo furiosos, de modo que ninguém podia passar por aquele caminho, saindo dos túmulos, vieram-lhe ao encontro.[#Mt 8.28-34; Mc 5.1-17; Lc 8.26-37]

29Eles gritaram: Que temos nós contigo, Filho de Deus? Vieste aqui atormentar-nos antes do tempo?[#Jz 11.12; 2Sm 16.10; 19.22; 1Rs 17.18; 2Rs 3.13; 2Cr 35.21; Mc 1.24; 5.7; Lc 4.34; 8.28; Jo 2.4]

30Ora, a alguma distância deles pastava uma grande manada de porcos.

31Os demônios rogavam-lhe: Se nos expeles, envia-nos para a manada de porcos.

32Disse-lhes Jesus: Ide. Tendo eles saído, passaram para os porcos; toda a manada precipitou-se pelo declive no mar, e ali se afogaram.

33Os pastores fugiram, foram à cidade, contaram todas essas coisas e o que tinha acontecido aos endemoninhados.[#vd. Mt 4.24]

34Então, a cidade toda saiu ao encontro de Jesus; e, ao verem-no, rogaram-lhe que se retirasse daqueles termos.

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