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1Vieram ter com Jesus os fariseus e alguns escribas, chegados de Jerusalém.[#Mc 7.1-23; Mt 15.1-20; #Mt 15.1]
2Tendo visto que alguns discípulos de Jesus comiam pão com mãos impuras, isto é, por lavar[#Mc 7.5; At 10.14,28; 11.8; Rm 14.14; Hb 10.29; Ap 21.27; cp. Mt 15.2; Lc 11.38]
3(pois os fariseus e todos os judeus, observando a tradição dos anciãos,[#Mc 7.5,8,9,13; Gl 1.14]
4não comem sem lavar as mãos cuidadosamente; e, quando voltam da rua, não comem sem se aspergir, e muitas outras coisas há que receberam e guardam, como a lavagem de copos, jarros e vasos de metal.)[#Mt 23.25]
5perguntaram-lhe os fariseus e os escribas: Por que não seguem os teus discípulos a tradição dos anciãos, mas comem com mãos impuras?
6Respondeu ele: Hipócritas, bem profetizou de vós Isaías, como está escrito:
Este povo honra-me com os lábios,
mas o seu coração está longe de mim.
7Adoram-me, porém, em vão,
ensinando doutrinas que são preceitos de homens.
8Vós, deixando o mandamento de Deus, observais a tradição dos homens.[#Êx 20.12; Dt 5.16; Êx 21.17; Lv 20.9]
9Continuou: Sabeis muito bem rejeitar o mandamento de Deus, para manter a vossa tradição.
10Pois Moisés disse: Honra a teu pai e a tua mãe; e: Quem maldisser a seu pai ou a sua mãe, seja morto;
11mas vós ensinais: Se um homem disser a seu pai ou a sua mãe: Aquilo que eu te poderia dar é Corbã, isto é, uma oferenda a Deus,[#Lv 1.2, etc. Mt 27.6]
12não mais lhe permitis fazer coisa alguma pelo pai ou pela mãe,
13invalidando a palavra de Deus pela tradição que vós mesmos transmitistes; e fazeis muitas outras coisas semelhantes.
14Chamando ele de novo a multidão, disse-lhe: Ouvi-me todos e entendei.
15Nada há fora do homem que, nele entrando, possa contaminá-lo; pelo contrário, as coisas que saem dele são as que o contaminam.[#Muitas antigas autoridades inserem v. 16: Se alguém tem ouvidos para ouvir, ouça.]
16[Se alguém tem ouvidos para ouvir, ouça.]
17Tendo deixado a multidão, entrou em casa, e pediam-lhe seus discípulos a explicação da parábola.[#Mc 9.28; cp. 2.1; 3.19; #cp. Mt 15.15]
18Ele respondeu: Assim também vós não entendeis? Não compreendeis que tudo o que está fora do homem, entrando nele, não pode contaminá-lo,
19porque não entra no coração, mas no ventre, e é lançado no lugar escuso? Isso disse, purificando todos os alimentos.[#Rm 14.1-12; Cl 2.16; #cp. Lc 11.41; At 10.15; 11.9]
20Continuou: O que sai do homem, isso é o que o contamina.[#Mt 15.18; Mc 7.23]
21Pois, de dentro, do coração dos homens, é que procedem os maus desígnios, as fornicações, os furtos, os homicídios, os adultérios,
22as avarezas, as malícias, o dolo, a lascívia, a inveja, a blasfêmia, a soberba e a loucura.[#Dt 15.9]
23Todas essas más coisas procedem de dentro e contaminam o homem.
24Levantando-se, saiu dali para as fronteiras de Tiro. Entrando numa casa, quis que ninguém o soubesse e não pôde ocultar-se.[#Mc 7.24-30; Mt 15.21-28; #Mt 11.21; Mc 7.31]
25Uma mulher, porém, cuja filha estava possessa dum espírito imundo, ouvindo logo falar dele, foi, e prostrou-se-lhe aos pés
26(a mulher era gentia, de origem siro-fenícia.), e rogava-lhe que expelisse de sua filha o demônio.
27Ele lhe disse: Deixa primeiro que se fartem os filhos, porque não é bom tomar o pão dos filhos e lançá-lo aos cachorrinhos.
28Ela, porém, replicou: Assim é, Senhor; mas até os cachorrinhos, debaixo da mesa, comem as migalhas que as crianças deixam.
29Ele lhe disse: Por esta palavra, vai-te; o demônio já saiu de tua filha.
30Ela, voltando para sua casa, achou a menina deitada na cama e que o demônio havia saído.
31De novo, se retirou das fronteiras de Tiro e foi por Sidom, ao mar da Galileia, atravessando o território de Decápolis.[#Mc 7.31-37; Mt 15.29-31; #Mt 4.18; #Mc 5.20; Mt 4.25]
32Trouxeram-lhe um surdo e gago e pediram-lhe que pusesse a mão sobre ele.[#Mc 5.23]
33Jesus, tirando-o da multidão, levou-o à parte, pôs os seus dedos nos ouvidos dele e, cuspindo, tocou-lhe a língua;[#Mc 8.23]
34depois, erguendo os olhos ao céu, deu um suspiro e disse: Efatá, isto é, Abre-te![#Mc 8.12]
35Abriram-se-lhe os ouvidos, e logo se lhe desfez a prisão da língua, e falava com clareza.
36Recomendou-lhes Jesus expressamente que a ninguém o contassem; mas, quanto mais o recomendava, tanto mais eles o publicavam.[#Mt 8.4; #Mc 1.45]
37Admiravam-se sobremaneira, dizendo: Ele tudo tem feito bem, faz até os surdos ouvir e os mudos falar.