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1Escutai, povo meu, a minha lei;[#Is 51.4]
inclinai os vossos ouvidos às palavras da minha boca.
2Abrirei numa parábola a minha boca,[#Sl 49.4; Mt 13.35]
proferirei enigmas tirados dos tempos antigos.
3As coisas que temos ouvido e sabido
e que nossos pais nos têm contado,
4não as ocultaremos a seus filhos,[#Sl 145.4; Êx 12.26; Dt 11.19; Jó 15.18; Is 38.19; Jl 1.3]
narrando às gerações vindouras os louvores de Jeová,
e a sua força, e as maravilhas que ele tem obrado.
5Porque ele estabeleceu um testemunho em Jacó[#Sl 19.7; 81.5; Is 8.20]
e instituiu uma lei em Israel,
as quais coisas mandou a nossos pais
que as fizessem conhecer a seus filhos,
6para que a soubesse a geração vindoura, a saber, os filhos que houvessem de nascer,[#Sl 22.31]
os quais se levantassem e as contassem a seus filhos;
7a fim de que pusessem a sua confiança em Deus
e não se esquecessem das obras de Deus,
mas guardassem os seus mandamentos;
8e que não fossem como seus pais,[#2Cr 30.7; Ez 20.18]
geração contumaz e rebelde;
geração que não regeu bem o coração,
e cujo espírito não foi fiel a Deus.
9Os filhos de Efraim, armados de arcos,[#1Cr 12.2]
bateram em retirada no dia da batalha.
10Não guardaram a aliança de Deus[#Jz 2.20; 1Rs 11.11; 2Rs 18.12]
e recusaram andar na sua lei;
11esqueceram-se dos seus feitos[#Sl 106.13]
e das obras maravilhosas que ele lhes tinha mostrado.
12Maravilhas fez ele à vista de seus pais,[#Sl 106.22; Êx 7.12]
na terra do Egito, no campo de Zoã.
13Dividiu o mar e fê-los passar;[#Sl 74.13; 136.13; Êx 14.21]
fez parar as águas como um montão.
14Também os guiou, de dia, por uma nuvem[#Sl 105.39; Êx 13.21]
e, durante a noite toda, por um clarão de fogo.
15Fendeu rochas no deserto[#Sl 105.41; 114.8; Êx 17.6; Is 48.21; 1Co 10.4]
e deu-lhes a beber abundantemente como de abismos.
16Fez sair da penha torrentes[#Nm 20.8,10-11]
e fez correr águas como rios.
17Todavia, ainda prosseguiram em pecar contra ele,
rebelando-se contra o Altíssimo no deserto.
18Tentaram a Deus nos seus corações,[#Sl 78.41,56; 95.9; 106.14; Dt 6.16; 1Co 10.9]
pedindo comida segundo o seu apetite.
19Falaram contra Deus,
disseram: Porventura, pode Deus preparar uma mesa no deserto?
20Eis que feriu a rocha, e brotaram águas,[#Sl 78.15-16]
e torrentes trasbordaram.
Pode ele também dar pão?
Acaso, fornecerá carne ao seu povo?
21Portanto, Jeová, ao ouvir isso, ficou irado.[#Nm 11.1]
Acendeu-se fogo contra Jacó,
também se levantou ira contra Israel;
22porque não creram em Deus[#Dt 1.32; 9.23; Hb 3.18]
e não confiaram na sua salvação.
23Contudo, ordenou às nuvens lá em cima
e abriu as portas do céu;
24sobre eles fez chover maná para comer[#Êx 16.4]
e deu-lhes do trigo do céu.
25Comeu cada qual o pão dos poderosos;
ele lhes enviou comida a fartar.
26Fez soprar no céu o vento do Oriente[#Nm 11.31]
e, pelo seu poder, conduziu o vento sul.
27Sobre eles fez também chover carne como poeira
e aves de asas, como areia dos mares;
28fê-las cair no meio do arraial deles,
ao redor das suas habitações.
29Assim, eles comeram e se fartaram bem,[#Nm 11.19-20]
pois ele lhes trouxe o que cobiçavam.
30Não se apartavam da sua cobiça.
Ainda a comida lhes estava na boca,
31quando a ira de Deus se levantou contra eles,[#Nm 11.33-34; Jó 20.23]
matou dos mais vigorosos deles
e prostrou os mancebos de Israel.
32Apesar de tudo isso continuaram a pecar[#Nm 14.16-17]
e não creram nas suas maravilhas.
33Por isso, acabou com os dias deles em um sopro,[#Nm 14.29,35]
e os anos, num terror repentino.
34Quando ele os fazia morrer, então, o buscavam;[#Nm 21.7; Os 5.15]
voltavam e, de manhã, procuravam a Deus.
35Lembraram-se de que Deus era a sua Rocha,[#Dt 32.4]
e o Deus Altíssimo, o seu Redentor.
36Eles, porém, o lisonjeavam com a sua boca[#Êx 24.7-8; Ez 33.31]
e, com a sua língua, lhe mentiam.
37Pois o coração deles não era constante para com ele,[#Sl 51.10; 78.8]
nem eram fiéis na sua aliança.
38Mas ele é cheio de compaixão, revela a iniquidade e não destrói;[#Êx 34.6; #Nm 14.20]
muitas vezes, desvia a sua ira
e não dá largas a todo o seu furor.
39Lembrava-se de que eles eram carne,[#Sl 103.14; Jó 10.9; #Gn 6.3]
um vento que passa e não volta mais.
40Quantas vezes se rebelaram contra ele no deserto[#Sl 106.43; 107.11]
e o agravaram no ermo!
41Eles voltaram, e tentaram a Deus,[#Nm 14.22]
e provocaram o Santo de Israel.
42Não se lembraram do poder dele,[#Jz 8.34; #Sl 44.3]
nem do dia em que os remiu do adversário;
43de como fez no Egito os seus sinais[#Sl 105.27]
e os seus prodígios, no campo de Zoã,
44convertendo em sangue os rios deles[#Sl 105.29]
e as suas correntes, para que delas não bebessem.
45Enviou-lhes enxames de moscas, que os devoraram,[#Sl 105.31; Êx 8.24]
e rãs, que os destruíram.
46Entregou às lagartas as novidades deles[#Sl 105.34; 1Rs 8.37]
e aos gafanhotos, os frutos do seu trabalho.
47Destruiu com saraiva as vinhas deles[#Sl 105.32; Êx 9.23]
e os seus sicômoros, com chuva de pedra.
48Entregou à saraiva o gado deles[#Êx 9.19]
e aos raios, os seus rebanhos.
49Sobre eles lançou o furor da sua ira,[#Êx 15.7]
cólera, indignação e calamidade —
tropel de anjos importadores de males.
50Deu livre curso à sua ira;
não poupou da morte a alma deles,
mas a sua vida a entregou à pestilência.
51Feriu todos os primogênitos no Egito,[#Sl 105.36; 135.8; 136.10]
primícias da força deles nas tendas de Cam.
52Mas ele fez partir o seu povo como ovelhas[#Êx 15.22]
e guiou-os no deserto como um rebanho.
53Conduziu-os em segurança, de modo que não tiveram medo;[#Êx 14.19-20]
mas aos seus inimigos, o mar os submergiu.
54Levou-os à sua santa fronteira,[#Êx 15.17]
a região montanhosa que a sua destra adquirira.
55Expulsou as nações de diante deles[#Sl 44.2]
e fez que elas lhes caíssem em herança
e que as tribos de Israel habitassem nas tendas delas.
56Contudo, tentaram, e resistiram ao Deus Altíssimo,[#Sl 78.18; #Sl 78.40]
e não guardaram os seus testemunhos.
57Mas voltaram para trás, e se houveram traiçoeiramente como seus pais,[#Ez 20.28]
e desviaram-se como um arco enganoso.
58Pois o provocaram à ira com os seus altos[#Dt 4.25; 1Rs 14.9; Is 65.3; #Lv 26.30; 1Rs 3.2; 2Rs 16.4; Jr 17.3]
e o incitaram a zelos com as suas imagens de escultura.
59Quando Deus ouviu isso, ficou indignado[#Sl 106.40; Dt 1.34; 9.19]
e sobremaneira abominou a Israel;
60de sorte que abandonou o tabernáculo de Siló,[#Sl 78.67; 1Sm 4.11; Jr 7.12,14; 26.6]
a tenda que estabeleceu entre os homens,
61dando ao cativeiro a sua força[#Sl 63.2; 132.8]
e às mãos do adversário, a sua glória.
62Entregou à espada o seu povo[#Jz 20.21; 1Sm 4.10]
e rompeu em cólera contra a sua herança.
63Aos mancebos deles, devorou-os o fogo,[#Nm 11.1; 21.28; Is 26.11; Jr 48.45]
e as suas donzelas não foram festejadas com canto nupcial.
64Os seus sacerdotes caíram à espada,[#1Sm 4.17; 22.18]
e as suas viúvas não fizeram pranto.
65Então, o Senhor despertou, como quem acaba de dormir,[#Sl 44.23; 73.20]
como um valente que brada, excitado pelo vinho.
66Fez recuar a golpes os seus adversários,[#1Sm 5.6]
infligiu-lhes eterna ignomínia.
67Demais, rejeitou a tenda de José[#Sl 78.60]
e não escolheu a tribo de Efraim;
68mas elegeu a tribo de Judá,
o monte Sião que ele amou.
69Edificou o seu santuário como os lugares elevados,[#1Rs 6.1-38]
como a terra que para sempre fundou.
70Escolheu a Davi, seu servo,[#1Sm 16.12]
e o tirou dos currais das ovelhas.
71Tirou-o de andar atrás de ovelhas e suas crias,[#2Sm 7.8; #Gn 33.13]
para apascentar a Jacó, seu povo, e a Israel, sua herança.
72Assim, ele os apascentou segundo a integridade do seu coração[#1Rs 9.4]
e os guiou com a perícia das suas mãos.